domingo, 4 de julho de 2010

Vivendo no formol

Num futuro próximo o ser humano poderá não envelhecer. Esta é uma das principais teorias defendidas por Aubrey de Grey, investigador britânico que esteve em Portugal para explicar como é possível combater o envelhecimento com tratamentos médicos. 

O polêmico cientista participou nesta sexta-feira no Simpósio anual do Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. 

Através de técnicas de “medicina regenerativa” será possível evitar a degradação das células, causadora das principais doenças que surgem com a idade avançada, por exemplo “Alzheimer, Parkinson e problemas cardiovasculares”, explicou o autor do livro “Ending Aging”. 

Aubrey de Grey exemplificou: um adulto de 30 anos que seja tratado pode ganhar o dobro de vida saudável. “Os seres humanos vão ser jovens adultos por mais tempo não cronologicamente mas biologicamente”, afirmou o cientista. 

Viver até aos mil anos 

"O primeiro ser humano a viver mil anos pode já ter nascido"     Aubrey de Grey
Para o director da Fundação SENS, que investiga as causas do envelhecimento e a medicina regenerativa, dentro de 25 anos estes métodos vão começar a ser aplicados. Assim, existe uma probabilidade de que “o primeiro ser humano a atingir a idade de mil anos já tenha nascido”, disse Aubrey de Grey. Quanto mais jovens os pacientes começarem a receber o tratamento mais tempo poderão viver sem envelhecer. 

O ponto fulcral do método desenvolvido pelo cientista britânico é o “tratamento das células”, através da substituição e regeneração das mesmas com enzimas, moléculas e também células estaminais. “É quase uma conclusão inevitável que vamos conseguir manter as pessoas saudáveis durante mais tempo”, declarou o biólogo. 

Aubrey de Grey prevê que o ser humano ficará durante muito tempo com a aparência de um “jovem adulto” apesar da idade cronológica avançada. Ainda assim, o cientista não garante a vida eterna: “as pessoas vão continuar a morrer de causas não relacionadas com o envelhecimento, como acidentes ou infecções”.

A sociedade está preparada? 

Na sua argumentação, o investigador lembra que o envelhecimento é uma das principais causas de morte do mundo moderno. “Ser velho hoje em dia é muito caro e os estados gastam muito dinheiro a cuidar das pessoas mais velhas”, referiu Aubrey de Grey. 

Mas será que a sociedade está preparada para lidar com uma população que pode viver centenas de anos? Para o cientista, “a sociedade nunca está preparada para revoluções”. “Não estávamos preparados para a Revolução Industrial, mas depois dela ninguém quis voltar atrás”, concluiu.

Fonte: http://ptdigiart.com

E aí? Como fica a superpopulaçao mundial?
A nível de descoberta científica, eu achei lindo. Muito bom mesmo!
A nível de equilíbrio, achei uma descoberta que não traz nada de bom.
Mas se formos pensar que a humanidade não pode nunca aumentar a expectativa de vida estaríamos fazendo algo muito, muito besta.
Os humanos são uma raça nova em comparação com a idade do planeta e, nos últimos anos, os humanos tem morrido cada vez mais tarde. Pessoas de 60/70/80 anos seriam abominações a poucas centenas de anos. Se as pesquisas medicas continuarem em busca da renovaçao celular talvez "adolescentes" de 45 anos de idade sejam pessoas normais daqui algumaas décadas.
É tudo uma questão de perspectiva ._.

O botox vai rodar... ou não?!




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