A falta do que fazer pode ser uma boa incentivadora para doação de sangue. Foi o que percebi ontem, no campus da UFAl. Pelo que pude ver na listinha de doadores, foram mais de 64 bolsinhas de sangue - a minha foi a sexagésima quarta- mais os 22 inéptos para doação.
Infelizmente a coleta de sangue estava prevista para acabar as 17h e a médica, muito gentilmente, seguiu o horário mesmo que os alunos chegassem em grupos depois das quatro e meia, e dispostos a doar.
Eu fui só. Estava só e já tinha feito tudo o que tinha pra fazer. Nunca tinha doado sangue ( ui! ui! medinho) No coletor móvel tinha uns três grupos de estudante, afinal, as pessoas normalmente vão em bando e a espera é grande, porque se tem que ver como está o sangue , se tem anemia ou excesso de ferro.
Primeiro é apenas uma picadinha com a lanceta, depois vem uma agulha de 12 x 40 mm!
Durante a espera se ouviu um grito digno de grito de parto e sabemos de uma desmaio de um garoto que estava doando. Contrariando a vontade de sair de lá, todos continuaram, firmes, fortes e rindo da situação.
Finalmente a minha vez. A agulha assusta! Dei um pequeno xilique, mas respirei fundo, como a técnica pediu e segui em frente! Depois da agulha entrar é só ficar apertando uma bolinha anti-stress. Ultra relax. Quando minha bolsa encheu, ouvi "fly me to the moon" numa versão que nunca tinha ouvido. Pareceu até recompensa.
Doar sangue é uma brincadeira divertida, após passar pela agulha, é claro. E ainda tem as perguntas não muito... enfim, olhe as perguntas e tire conclusões:
Você é usuário de drogas ilícitas? (maconha, cocaína, crak)?
Você teve contato sexual com prostituta no último ano?
Você teve doença sexualmente transmissível (venéria) nos últimos 12 meses?
Sendo você homem, manteve relações sexuais com outro homem?
Você teve relação sexual com portador de HIV?
Sim ou não?
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